domingo, 4 de maio de 2014

TÉCNICA ALQUIMIA CELULAR X biopsicologia,

O que é biopsicologia, afinal?
É um termo usado por cientistas para definir o estudo científico da biologia do comportamento e processos mentais. Refere-se ao inextricável relacionamento entre psicologia e biologia, que é chamado de medicina corpo-mente, ou psiconeuroimunologia. É a confirmação do que diz a neurologista Candace Pert: cada mudança de humor é acompanhada por uma cachoeira de “moléculas de emoção” – hormônios e neurotransmissores – que flui através do corpo, afetando todas as células. Cada célula humana contém cerca de 1 milhão de receptores para receber essas substâncias bioquímicas. Assim, quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossa pele está triste.
Como essas moléculas nos afetam?
Praticamente tudo no corpo é regulado pelos hormônios. Eles estão entre os mais poderosos agentes biológicos, influenciando, por exemplo, nossa resposta ao estresse. Cardiologistas pensavam que as pessoas mais propensas a sofrer ataque cardíaco – as com personalidade “tipo A” – fossem apressadas, altamente competitivas e hostis. Recentemente percebeu-se que o problema não é tanto o estilo de vida acelerado ou a ambição compulsiva, mas a hostilidade. As pessoas que respondem a chefes prepotentes ou engarrafamentos no trânsito com irritabilidade – que vivem dizendo “Ai, que saco!” – secretam até 40 vezes mais cortisol das glândulas supra-renais.
Qual é o problema com o cortisol?
Em excesso, é tóxico para o organismo. Assim, pessoas do “tipo A” são cinco vezes mais propensas a sofrer doenças e morrer cedo do que as “tipo B”, que têm mais cabeça fria.
Qual a influência dos hormônios de estresse sobre os processos mentais?
A secreção excessiva de cortisol também afeta a nossa cognição – literalmente mata as células cerebrais no hipocampo, a região do cérebro responsável pela memória. É por isso que mais e mais pessoas estão perdendo a memória – esquecendo onde puseram as chaves do carro, ou fazendo listas para lembrar o que têm de fazer, e depois esquecendo onde deixaram as listas. Pesquisas na Universidade de Michigan demonstraram que o declínio da memória entre jovens de 30 a 40 anos hoje em dia é o mesmo dos idosos de 70 a 80 anos. Estamos nos tornando como o paciente que se queixou ao seu médico: “Doutor, estou perdendo minha memória!” O doutor então perguntou: “Perdendo sua memória? Há quanto tempo?” O paciente respondeu: “Há quanto tempo o quê, doutor?”
A depressão tem base biológica?
Cada emoção tem um componente biológico. Quando vemos uma pessoa deprimida numa cadeira, quase incapaz de se mover, tendemos a pensar que ela está sem energia. Pelo contrário, ela está como uma mola retesada: secretando desenfreadamente elevados níveis de cortisol, sinal de que está lutando uma exaustiva batalha mental – tudo dentro de si. Como a escola freudiana descreve, depressão é “agressão voltada para dentro”.

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